Dito 90 : As casas velhas de Santo Tomé
As casas velhas de Santo Tomé Coronam as casas velhas coas suas pedras de porpianho, com cores de tantos anos, suas pegadas seculares. Os microscópicos jardins nas artísticas paredes de plantas pre-históricas, óxidos de musgo e líquen. Com fentas nas fendiduras, agarrando-se ao substrato, enraizadas cos invernos geados coma coitelos. Elas escrevem a história do nosso amado Santomé. Essas pedras centenárias das casas da nossa aldea. Nas escaleiras sentados, cheia de contos contados nas manhás dos dias santos, ao quente do Sol do inverno. E ao resguardo da choiva, contra a parede da corte, ao agarimo das pedras e do fumegar do estrume. Música do pingar da auga caindo nos bebedeiros, que postos baixo os telhados dabam de beber ao gando. A auga limpa e bem fresca destilada pros animais, acabada de recolher no pé da sua parcela. Se as pedrinhas falaram !, quantos contos contariam ?, cumhas mulheres e hominhos aquitiempos já contaram. Raiz da velha figueira, que ainda sostem-lhe as ped...